Os servidores do INSS trabalham sob
intensa pressão, pois não têm as devidas condições de trabalho, nem a
valorização que merecem por prestarem tão relevantes serviços
reconhecendo direitos dos segurados da Previdência Social.
É importante ressaltar que os
trabalhadores desta categoria laboriosa exercem suas atribuições e foram
aprovados em concurso público. Esses servidores lutam todos os dias
contra as adversidades para atender os mais de 33 milhões de aposentados
e os outros milhões que procuram atendimento dos serviços prestados
pelo INSS nas mais de 1.700 Agências da Previdência Social (APS)
espalhadas por todo o país.
Com o desmonte da Previdência Social
como uma das primeiras medidas do temporário presidente Temer, este
colocou em risco não somente o atendimento à população como também criou
incertezas sobre o futuro da Instituição que foi sumariamente
desmontada. Hoje ninguém tem certeza se poderá continuar a prestar bons
serviços à população.
As ações realizadas em todo o
país desde o início dos ataques desmentem a tese de que os servidores
estariam desmotivados. Estão sim indignados, com tantos ataques aos
serviços públicos feitos por um governo sem legitimidade.
Não é verdade esta cantilena que o
envelhecimento populacional esta provocando déficit nas contas da
previdência. É necessário que o novo presidente do INSS, Leonardo
Gadelha, que não é funcionário do quadro, assim como o ministro do
Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, se inteirem
definitivamente sobre a realidade da Previdência, que todos os anos é
sangrada em 20% com a Desvinculação de Receita da União (DRU), podendo
esta alíquota chegar a 30%, segundo a vontade do atual governo,
desviando bilhões de reais que deveriam ser destinados ao pagamento das
aposentadorias.
Portanto, não se trata de reformar a
Previdência para corrigir problemas geracionais, mas os interesses estão
por trás desta campanha inverídica e difamatória e simplesmente fazer
caixa para pagar os juros da dívida pública e privatizar o sistema
público. Mas tenham certeza que vamos lutar sem tréguas para
barrar a contrarreforma da Previdência deste governo, que vem para
retirar direitos e conquistas dos trabalhadores.
Os trabalhadores estão em luta exigindo
que governo temporário cumpra todos os acordos assinados com a
categoria, implante programas de valorização profissional, realize
concurso para repor as 15 mil vagas necessárias para prestar bom
atendimento à população, além de implantar o plano de carreira. Este é o
caminho para que esta categoria valorosa, lutadora e corajosa, olhe o
futuro com altivez e esperança. Mais que proselitismo, os servidores
esperam ações concretas que assegurem as condições de prestar bons
serviços aos segurados da Previdência.
Vamos
continuar a luta pelo resgate da Previdência Publica de qualidade que
garantam os direitos dos trabalhadores, pois este patrimônio foi
construído com suor do seu trabalho ao longo do último século. Exigimos que o governo provisório devolva a Previdência aos trabalhadores, que são seus legítimos donos!
Brasília, 28 de junho de 2016
DIRETORIA COLEGIADA DA FENASPS
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