O Sinsprev/SP realizou reunião com a Superintendente do INSS de São Paulo, hoje, 23 de junho de 2016.
A reunião foi solicitada em caráter de urgência pelo Sinsprev/SP para tratar do Turno Estendido e Preenchimento de cargos de confiança nas agências do INSS.
Temos recebido diversas denúncias de servidores que estão sendo pressionados e assediados para preencherem os cargos de confiança nas agências para que não percam o REAT e voltem a fazer 40 horas semanais.
O Sinsprev/SP também fez o questionamento sobre a devolução dos descontos da paralisação realizada no dia 14 de abril.
Pauta da reunião:
- Turno Estendido/Preenchimento de cargos de confiança
Participantes SINSPREV:
- Thaize Chagas Antunes (Diretora do Sinsprev-SP)
- Vinicius Vasconcelos (Diretor do Sinsprev-SP)
-Fabio Antonio Arruda (Diretor do Sinsprev-SP)
-Sheila Marques Solino (APS Guarulhos – Pimentas)
- Ronaldo Soares dos Santos (APS Itaquaquecetuba)
- Marcelinho Vasques ( APS Ataliba Leonel)
- Rita de Cassia A. Bueno (APS Centro)
- Gustavo de Miranda Chaves (APS Várzea Paulista)
- Pedro Mauro Isaac Birer (APS Várzea Paulista)
- Cristian da Silva Santos (APS São Miguel Paulista)
Participantes Superintendência:
- Superintendente Regional SRI-SP: Ivete Rocha Bitencourt
- Divat: Ailton Nunes de Matos Junior
- Benef: Whashington Jose Teixeira Miranda
- Planejamento: Mauricio J. J. Ichi
- A presente reunião foi aberta pelo Sinsprev SP com informação sobre a pauta e as considerações que seguem abaixo:
a) Sinsprev São Paulo questionou a Superintendente sobre a pressão que os servidores vêm sofrendo para preenchimento dos cargos de gestão até o dia 30 de junho de 2016 sob pena de serem excluídos do Regime de Atendimento em Turnos(REAT), com consequente reversão da carga horária de 06 (seis) horas para 08 (oito) horas diária;
b) Mais uma vez reforçamos à Superintendente que este não é um problema que deve ser resolvido pelo servidores e sim pela gestão e que os servidores não devem ser penalisados pela ineficiência da gestão em não possuir condições para repor os cargos de gestão que estão vagos;
c) Ressaltamos ainda que em reunião realizada no mês de Abril deste ano a Superintendente havia afirmado de que enquanto o REAT estivesse suspenso não seria efetuada nenhuma portaria de reversão do turno estendido.
Após as ponderações a Superintendente informou que:
- Ela não pode colocar o CPF dela em risco num período de transição de governo e que no dia 01/07/2016 ela vai publicar a portaria revertendo a carga horária das agências que não estiverem com os cargos ocupados;
- Com total descaso aos servidores a Superintendente disse que é normal fazer 08 (oito) horas e que a maioria dos trabalhadores do Brasil cumprem a carga horária de oito horas;
- Disse que não podia fazer nada para ajudar os servidores e que, se quisermos alguma alteração, que procurássemos a Direção Central, que está acima dela, para que eles façam uma resolução alterando os critérios para acesso e manutenção ao REAT;
- Ela informou ainda temos um governo interino e em transição e que ela deve arrumar toda as pendências da SR-1, dentre elas, a questão da ocupação das chefias. Disse ainda que hoje é um outro grupo político que está no comando e que, caso ocorra dela ter que fazer a transição para outro Superintendente, quer entregar todas as pendências resolvidas;
- Sobre a devolução dos descontos da paralisação do dia 14 de abril, a Superintendente informou que recebeu orientação do Direção de Gestão de Pessoas para que não houvesse mais descontos e, onde ocorreu desconto, os valores sejam devolvidos.
Entendemos que a motivação da Superintendente para agir com total truculência é somente auto preservação do seu cargo, uma vez que ponderamos ainda que, já que o momento é de transição, ela não deveria agir desta forma.
Salientamos inclusive que não observamos nenhuma pressão desta forma para ocupação dos cargos de chefia em outras superintendências regionais espalhadas pelo Brasil.
A Superintendente foi ainda informada, de que dentre as 10 (dez) agências que estão com iminência de perder as 06 (seis) horas, algumas delas já tiraram posição de que não vão resolver um problema que é da gestão e caso ocorra a reversão para a carga de 08 (oito) horas, os servidores deixarão de assumir tarefas que são privativas de supervisor e chefes de benefícios e que a gestão é que terá que resolver isto.
A Superintendente se esquece que a luta pela regulamentação das 30 (horas) é uma luta histórica dos servidores, além de que esta sua posição ignora todas as dificuldades que nós trabalhadores passamos cotidianamente no atendimento ao público (sistemas inoperantes, metas absurdas e inantingíveis, afastamentos, adoecimentos, etc). O próprio TCU possui relatório apontando as dificuldades do INSS, inclusive alertando ao colapso que o INSS pode ter nos próximos anos.
Pontuamos ainda que a gestão não permite aos servidores, por exemplo, escolherem os cargos de Gerente de Agência, Gerente Executivo, Superintendente do INSS e Presidente do INSS e que a gestão utiliza essas nomeações de cargos ao REAT apenas para “coagir” os servidores a não perderem a carga horária de 06 (seis) horas diárias de trabalho.
Considerando as alegações totalmente absurdas da Superintendente Regional do INSS em SP, o SINSPREV/SP faz um chamado à categoria para mobilização e resistência.
Entendemos como uma afronta a postura da Superintendente ao dizer que qualquer trabalhador do Brasil trabalha 08 (oito) horas diárias sem nenhum problema.
No próximo sábado, 25 de junho de 2016, às 13:00, iremos realizar uma reunião no Sinsprev/SP para debater e encaminhar as ações necessárias para a não perda do REAT nas agências que estão com cargos de chefia vagos.
Fazemos um chamado aos servidores para que participem dessa reunião.
Somente com a participação e organização dos servidores conseguiremos derrotar mais esse ataque do INSS.
Juntos somos mais fortes!
SINSPREV SP
Fonte: http://www.sinsprev.org.br/index.php?editoria=10441&chave_construtor=3
