Na
ocupação, trabalhadores gritaram palavras de ordem e, com correntes e
cadeados, trancaram por dentro as portas da sede do INSS nessa segunda,
13
Nessa segunda-feira, 13 de junho, a
Fenasps realizou um ato de ocupação no edifício-sede do INSS, Bloco O do
Setor de Autarquias Sul, em Brasília, com participação intensa de
trabalhadores dos estados DF, ES, MA, MG, PA, PE, PR, SC, SP e RS.
Por meio da mobilização dos
trabalhadores, que não arredaram o pé do hall de entrada do edifício
desde o início da manhã, uma comissão de servidores foi recebida pela
presidente interina do instituto, Cinara Fredo, e outros membros da
cúpula do INSS.
Nesta
reunião, foram retomados assuntos importantes da categoria, bem como
foi solicitada intervenção da presidente para conseguir audiência entre a
Federação e o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar
Terra.
Na reunião, a presidente interina,
Cinara Fredo, concordou em reabrir as negociações sobre o desconto do
Dia Nacional de Luta realizado no último dia 14 de abril, e retomar os
debates sobre acordo de greve; questões pendentes e pontuais da
reposição do trabalho do período de greve; grupos de trabalho sobre REAT
e GDASS.
A Direção do INSS informou que, na
reunião que tiveram com o ministro Osmar Terra, apresentou dossiê
relatando a situação do INSS, a necessidade de servidores e o número
expressivo de trabalhadores em abono de permanência, assim como as
condições de atendimento das APS. Os representantes da direção do INSS
afirmaram que não tiveram nenhuma participação nem anuência sobre a
edição das Medidas Provisórias 726 e 731, nem sequer foram consultados
sobre a elaboração da nova estrutura organizacional.
A FENASPS cobrou qual é a posição da
Direção Central sobre as mudanças intempestivas e temerárias que estão
sendo realizadas na Previdência Social e na organização e função do
INSS. Pois, se o seguro-defeso causou problemas, imaginem a migração da
administração e manutenção do Bolsa Família, assim como, imaginem quão
temerário será permitir que servidores de outros órgãos, poderes e entes
políticos possam assumir chefias em órgãos diversos, apenas por
indicação política. Se já é difícil com gestores que conhecem o
trabalho, imaginem ser administrado por quem não tem ideia da
complexidade do serviço.
Os diretores do INSS se manifestaram
contrários ao que está acontecendo e expuseram ao ministro Osmar Terra
os problemas do Instituto, mas eles não têm competência de influenciar
nas decisões governamentais, salvo nas questões em que forem convocados a
darem pareceres técnicos.
Os representantes da categoria foram
taxativos, ressaltando que não concordam com os desmontes que vêm sendo
feitos pelo governo temporário. E, reafirmaram que o ato dessa segunda,
14, teve por objetivo intensificar a luta contra o desmonte da
Previdência e o desmantelamento do INSS, salientando que vão organizar
ações intensificadas em todo o país. Os trabalhadores, organizados,
lutarão com todas as forças contra os ataques e a Reforma da Previdência
Social; o desmonte do Serviço Público; a subtração dos direitos
trabalhistas e sociais e a favor da Auditoria da Divida Pública com a
participação da sociedade civil.
A Previdência Social é um patrimônio do
povo e, portanto, os trabalhadores jamais aceitarão que seja
privatizada. Entre as reivindicações e propostas apresentaram:
1. Marcar audiência com ministro Osmar Terra, do MDSA;
2. Reabrir negociação dia 14 de abril – Dia Nacional de Luta;
3. Retomar as discussões sobre Reposição dos serviços da Greve, urgentemente, pois há muitos problemas na área-meio, Procuradoria e servidores que trabalham com concessão de benefícios;
4. Compor os Grupos de Trabalho sobre REAT e GDASS;
5. Buscar soluções aos pontos do acordo de greve que dependem do INSS/MPS;
2. Reabrir negociação dia 14 de abril – Dia Nacional de Luta;
3. Retomar as discussões sobre Reposição dos serviços da Greve, urgentemente, pois há muitos problemas na área-meio, Procuradoria e servidores que trabalham com concessão de benefícios;
4. Compor os Grupos de Trabalho sobre REAT e GDASS;
5. Buscar soluções aos pontos do acordo de greve que dependem do INSS/MPS;
Em relação a esses pontos, questão da
Insalubridade e abertura das APS por medidas de economia, Cinara
confirmou que foram encaminhados para o ministro Osmar Terra tomar
conhecimento e providências.
A FENASPS vai reapresentar todas as
demandas pendentes em audiência específica com a direção do INSS e MDSA
tão logo seja marcada a data da reunião. CONFIRA AQUI ofício da presidente interina do INSS ao Ministério do Planejamento.
A luta continua esta semana com ações do
conjunto dos SPFs em Brasília e outras capitais no dia 16 de junho. Os
movimentos sociais também estão realizando ações de ocupações em
unidades do INSS de forma escalonada nacionalmente. O momento agora é de
organizar os trabalhadores para realizar atividades nas APS, Gerências
Executivas e Superintendências em todo o país, construindo a Greve Geral
por tempo indeterminado, para barrar o desmonte e a Privatização dos
serviços públicos e da Previdência Social.
SEM LUTA, NADA SERÁ REVERTIDO! SEM LUTA, NÃO HAVERÁ CONQUISTAS!
A LUTA CONTINUA SEMPRE ATÉ A VITÓRIA!
VEJA AQUI este informativo em formato .pdf.