“Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa”
(Trecho extraído da música Cálice,de Chico Buarque)
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa”
(Trecho extraído da música Cálice,de Chico Buarque)
O contexto é outro, mas pode ser perfeitamente
adaptado ao que vivemos hoje, o governo interino de Temer, vem sorrateiramente avançando
na retirada de direitos dos trabalhadores.
A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 739, DE 7 DE JULHO DE 2016, também conhecida como MP da morte, traz uma série de medidas brutais contra os trabalhadores,dentre elas o aumento do período de carência de 4 para 12 meses para os benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o retorno da alta programada inclusive em benefícios judiciais,além da precarização do ato médico pericial quando transforma reconhecimento de direitos em uma escala de produção, voltada para reduzir custos.
Hoje, mais uma
vez fomos surpreendidos pela ação dos “monstros da lagoa”, com a publicação da
Portaria MDSA n.º 152, de 25 de agosto de 2016, que acaba com o PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO (depois de 10 anos em vigor), espécie de recurso administrativo
previsto nos casos de Auxílio Doença e que garantia ao trabalhador uma nova
perícia e uma nova chance de não ter seu benefício recusado,tendo que a partir de agora, após a recusa ,aguardar
30 dias para que possa agendar novo pedido de auxílio doença (Lembrando que as perícias atualmente estão sendo agendadas para daqui a 90 dias aproximadamente).
Além de ficar sem receber o salário, o trabalhador caso não retorne ao trabalho, corre o risco de ser demitido por abandono de emprego.
Além de ficar sem receber o salário, o trabalhador caso não retorne ao trabalho, corre o risco de ser demitido por abandono de emprego.
Está na hora dos
Trabalhadores, da Sociedade Civil, Movimentos Sociais e Sindicatos se unirem
para barrar esses ataques.
Não aceitaremos pagar pela crise,se querem economizar,comecem deixando de desviar recursos da previdência, taxando as grandes fortunas,reduzindo lucros dos banqueiros e dos grandes empresários.
Não passarão!