sexta-feira, 21 de outubro de 2016

INSS tem que responder ao MPF e DPU até hoje (21/10)

A imprensa continua divulgando notícias sobre as incoerências da operacionalização da MP 739.

O Jornal "O DIA" publicou matéria com a entrevista do Defensor público federal Daniel Macedo.

Segundo o defensor público federal Daniel Macedo: “Vivenciamos uma crise de direitos fundamentais”.“O INSS não pode, por via administrativa, cortar benefícios concedidos judicialmente. Se o órgão quer revisar os valores, deve ajuizar ação contra o beneficiário e não rever administrativamente”


Dos 530.157 benefícios por incapacidade que serão revisados pelo INSS apenas 0,8% foram concedidos administrativamente, o que corresponde a 4.260 segurados, o restante é judicializado, informa. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça para contestar o corte do benefício”, prevê Macedo. 
Na última semana o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União recomendaram formalmente a suspensão do programa de revisão de benefícios previdenciários. O prazo para responder aos questionamentos dos órgãos acaba nessa semana.
Procuradores e defensores sustentam que o programa de revisão somente deve ser implementado quando a concessão de novos benefícios, como auxílio doença e por invalidez, for realizada dentro do prazo estabelecido em lei. De acordo com a Defensoria, atualmente o prazo para o agendamento de uma perícia para novo benefício pode levar até seis meses. O prazo definido por lei é de 45 dias.
Daniel Macedo finaliza dizendo que o objetivo da MP 739 é ‘Restringir direitos. Esse é o recado claro do governo’.