quinta-feira, 7 de julho de 2016

7/7/15 Um ano da greve histórica, por Thaize Antunes


    
  Um ano de LUTAS

Nesta semana relatos da maior greve do INSS, deflagrada em 07/07/2015.

Por Thaize Antunes



É preciso arrancar alegria ao futuro!



Colegas, hoje é um dia histórico para nossa categoria: Completa um ano que iniciamos uma das maiores greves já vistas no INSS.

Foi uma das maiores greves não somente pela sua duração (87 dias) mas também pela sua abrangência, tivemos a participação de servidores de todo o País e sobretudo pelo envolvimento massivo dos colegas em sua construção e manutenção. 


Não foi uma greve de pijama, nossa categoria mostrou para aqueles que nos julgavam incapazes de reagir, a força que nossa categoria tem e a nossa capacidade de resistência e enfrentamento.

Ficarão para sempre guardados na minha memória momentos  marcantes que tivemos na greve, como a ocupação da Direção Central, as ocupações nas superintendências pelo pais afora e sobretudo a lembrança da valentia e garra de alguns colegas, que mesmo com o salário cortado cerravam os punhos e gritavam “a greve continua” cada vez que saímos de uma reunião malsucedida com o governo.

Hoje passados exatamente um ano daquele dia marcante, ainda não tivemos a maioria das conquistas da greve efetivadas e cabe ressaltar que a nossa parte do acordo já cumprimos: repor para a sociedade a demanda acumulada em decorrência da greve. 

Tudo que tem impacto financeiro ainda está no congresso nacional aguardando aprovação e o governo ainda não cumpriu uma série de itens como por exemplo: a publicação de ato normativo que permitisse incluir as 545 agências que estão fora do turno estendido, a discussão da carreira e do Reat e sobretudo as questões relativas as condições de trabalho.

Além de não cumprirem o pactuado, ainda nos ameaçam com uma série de ataques como o PL 257, PEC 241, Reforma da Previdência, dentre outros.

Estamos vivendo um período de acirramento dos ataques aos trabalhadores e a perspectiva de mais retirada de direitos, querem que paguemos pela manutenção dos privilégios dos ricos e não podemos permitir que passem!

Somente nossa unidade e capacidade de organização será capaz de opor resistência a esses ataques e garantir que nossas conquistas sejam efetivadas.

Está na hora de nossa tropa se reorganizar e ficar pronta para a batalha.

Temos que nos lembrar que estamos em estado de greve e está na hora da nossa tropa se reorganizar e ficar pronta para a batalha.


“ É preciso arrancar alegria ao futuro”, e faremos isso juntos, com punhos cerrados, gritando a uma só voz: NÃO PASSARÃO EM CIMA DOS NOSSOS DIREITOS!