Por meio de nota, a Federação Nacional dos Sindicatos de
Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
(Fenasps) informou que se surpreendeu com as acusações da Associação
Nacional dos Medico Peritos do INSS (ANMP) e negou que o diretor do
SINDPREVS/SC tenha feito apologia ao ódio a profissionais da área médica
pericia
Veja a nota:
“No dia 11 de julho de 2017 foi realizada audiência na Superintendência Regional (SR) Sul III, com a participação dos representantes da SR III, Fenasps e dos sindicatos de RS, PR e SC, e dos
Conselhos Regionais do Serviço Social dos Estados de Santa Catarina,
Paraná e representantes do grupo de trabalho do CRESS do Rio Grande do
Sul.
Os debates sobre os temas transcorreram de forma ordeira e tranquila,
porém houve pleito a superintendente sobre a ilegalidade e questões
éticas em relação a profissional de uma carreira assumir as atribuições
técnicas de outra, como são os casos das indicações do governo para
Representantes Técnicos da DIRSAT de servidores da carreira médico
perito, que hoje são responsáveis também pelas atribuições técnicas
exclusivas dos profissionais da Reabilitação Profissional e Serviço
Social.
Tais ponderações denunciam principalmente os problemas gerados para o
desempenho das atribuições do Serviço Social e Reabilitação
Profissional, uma vez que as decisões para liberação de verbas para
atividades externas, reuniões técnicas e até solução de problemas ficam
subordinadas a profissionais que não possuem conhecimento nem
atribuições para exercer tais funções.
Houve ainda a cobrança sobre a ingerência de agentes externos nas
indicações para estes cargos técnicos, e com isso quem hoje tem poderes
para definir os ocupantes dos cargos. O diretor do SINDPREVS/SC Luciano Wolffenbüttel Veras apresentou questionamento sobre
a ingerência da associação médica dentro da instituição, principalmente
no comando da DIRSAT e deixou compreendido que a questão não se tratava
de embate entre carreiras distintas, como Perícia Médica x Serviço
Social e Reabilitação Profissional.
Mas até quanto esta interferência
externa na própria cultura organizacional da Autarquia contribuiu para
aumentar os problemas operacionais. Portanto, precisaríamos avaliar a
dimensão desta interferência política e como tais posturas com o
conjunto dos servidores e mesmo com membros da gestão estão sendo
tolerados e atrapalhando o desenvolvimento dos trabalhos no INSS.
As entidades apresentaram proposta de retomar as reuniões dos Grupos
de Trabalho específicos para tratar das questões técnicas e debater as
demandas e problemas do INSS Digital e Teletrabalho.
No entanto, ao final do dia, fomos surpreendidos com uma postagem na
página institucional da ANMP, fazendo ilações e acusações ao diretor do
SINDPREVS/SC, de que o mesmo estaria fazendo apologia ao ódio a
profissionais da área médica pericial. Uma afirmação tão inverídica que
beira ao delírio, tal a sandice de quem a fez. Em primeiro lugar, foi a
FENASPS e os Sindicatos em todo o país que lutaram para dar segurança ao
trabalho de todos os servidores, pois o governo, ao implementar
política que retira direitos dos segurados, põe em risco todos os
profissionais que trabalham nas unidades do INSS.
No entanto, os que fizeram tal ilação terão oportunidade de se
explicarem ou poderão apresentar as provas destas acusações, pois as
entidades e os Conselhos Regionais formalizarão denúncias no Ministério Público Federal (MPF) e na Defensoria Pública para investigar
as ingerências no trabalho do Serviço Social e Reabilitação
Profissional, e com certeza estará anexa a nota de acusação inverídica
que esta associação fez aos sindicatos e ao diretor do SINDPREVS/SC.
No mais, isso comprova os enormes problemas enfrentados pelo INSS,
que ainda não apresentou um projeto de gestão para o próximo período
após o desmonte da Previdência e da Seguridade Social. Não aceitaremos o
fechamento de unidades de trabalho em detrimento do prejuízo ao
cidadão. Nem extinção pura e simples da Dataprev.
Vamos continuar na luta na defesa do Seguro e Seguridade Social, dos
direitos dos trabalhadores e segurados para que o INSS possa enfim
cumprir sua função institucional, que é assegurar o atendimento aos
cidadãos que já pagaram por um serviço e merecem respeito de todos.
Florianópolis, 12 de julho de 2017.
Diretoria Colegiada da FENASPS,
SINDPREVS/PR, SINDPREVS/SC, SINDIPREVS/RS”
Diretoria Colegiada da FENASPS,
SINDPREVS/PR, SINDPREVS/SC, SINDIPREVS/RS”