quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

#TENTATIVA E ERRO#

Em tempo de modificações significativas da perícia médica do INSS, alguns falaram até em alforria do setor administrativo, ignorando o fato que a escassez de funcionários é um problema urgente que afeta todo o órgão; bastar ver as mais de 300 aposentadorias ontem, que se repetiu hoje no DOU.

Os servidores do INSS sentem-se perdidos em meio às orientações, que chegam sempre após o fato consumado (e as broncas dos segurados).

No dia 30/01/2018 fomos agraciados com o Memorando-Circular Conjunto nº 5 /DIRSAT/DIRBEN/DIRAT/INSS, sobre a disponibilização da versão 13.02.00 do SABI. Aquela mesmo que inverteu o fluxo, deixando as pendências administrativas para serem tratadas após a perícia médica.

O memorando é tão auto explicativo, que precisou ser explicado por e-mail:

"1- Quem é responsável pela formalização do processo administrativo?

R - O Servidor técnico administrativo.

2- Os requerimentos sem pendência precisam ser formalizados após a realização da perícia médica?

R- Sim

3 - Temos casos em que os requerimentos pendentes de tratamento administrativo estão saindo da perícia médica já INDEFERIDOS. Verificado pela GEX CPG e suporte SABI SR-IV.

R- Manter o fluxo atual, até resolução da crítica."

Como sempre deixando claro que a responsabilidade pela formalização de todos os requerimentos com ou sem pendências e resolução das críticas são de responsabilidade do setor administrativo, mas não explicando direito sobre o que fazer nos casos de indeferimento, limitando-se ao "Manter o fluxo atual, até resolução da crítica.", revisão ou recurso produção?!?

"No mais, a DRIDIR reforçou que será publicado nos próximos dias memorando esclarecendo a necessidade de formalização de processo, entre outros pontos sobre os procedimentos de atendimento do auxílio-doença." Assim finalizaram o e-mail.

E lá vem um memorando pra explicar outro memorando...

Nestas mudanças feitas pela associação, nas quais os segurados são a variável menos importante da equação, quem acaba sofrendo mais são os servidores não médicos. Afinal, são eles os responsáveis por preencher as lacunas deixadas por mudanças estruturais feitas sem qualquer planejamento, na base da tentativa e erro.