Foi disponibilizado no
Portal da Transparência o Relatório de
Avaliação dos Resultados da Gestão do INSS, elaborado pela CGU, relativo ao
exercício de 2016. O documento que contém 24 paginas, foi produzido a partir
dos trabalhos realizados pela CGU no período de 20/12/2016 a 17/03/2017, em
Brasília e que contemplou a avaliação dos projetos "INSS Digital" e
"Governança das Filas de Atendimento dos Benefícios por Incapacidade", selecionados três fluxos que
foram analisados: o processo eletrônico,
a disponibilização de extratos de sistemas geridos pela autarquia a outros
órgãos e a revisão do modelo de perícia médica.
A análise da CGU é bem
detalhada, e dá uma boa ideia do quanto o INSS está aquém das expectativas no que diz respeito a planejamento e
execução de projetos.
O relatório é claro em
concluir que as iniciativas são desejáveis, mas "sem a adequada avaliação de premissas, ações, custos, metas,
riscos e estratégias capazes de garantir o sucesso dos projetos, sua
sustentabilidade no tempo e seus resultados". Chega apontar
inadequações na Portaria 91/PRES/INSS de 19/01/17 que estabelece a implantação
do Projeto INSS Digital e que foi aplicada no piloto na GEX Mossoró/RN.
Sobre o INSS Digital, informa que o projeto foi apresentado pela DIRAT num
documento que contém objetivos específicos e resultados esperados, porém a
DIRAT "não informou quais estudos
realizou para estabelecer essas metas".
Além disso, ainda foi
pontuado que o INSS Digital vem sendo liderado pela DIRAT, mas que o INSS
possui uma área em sua estrutura que seria responsável pelo gerenciamento de
projetos, a CGPGE (Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica), e
que não evidência de participação de nenhum servidor dessa área, na condução do
projeto.
A avaliação é de que "o
quadro que vem se desenhando quanto ao INSS Digital é um projeto com descrição
insuficiente de seus produtos, com metas cuja forma de construção não foi
informada, e que, até o presente, não tem pontos de controle nem orçamento, mas
cuja implantação já está em curso".
Diante desse relatório, o
que se vê no INSS hoje é uma grande
campanha de propaganda institucional, para que o servidor abrace projetos, cuja
elaboração parece não ter levado em conta a estrutura do órgão, e cujo
planejamento foi feito sem uma fundamentação baseada em dados, e informações
consistente.